No dia 1º de julho entra em vigor o programa da União Europeia (UE) que vai permitir aos viajantes vacinados contra a COVID-19 entrarem nos territórios do bloco sem cumprir o período de quarentena. No entanto, uma grande polêmica sobre o Certificado Digital foi desencadeada nas redes sociais porque a Covishield, uma cópia da AstraZeneca de Oxford, porém produzida na Índia, não foi considerada na lista de vacinas aceitas.
Adar Poonawalla, diretor do maior fabricante mundial de vacinas, o Instituto Serum da Índia (SII, na sigla em inglês), abordou a questão nesta segunda-feira (28) em sua conta no Twitter.
Estou ciente que muitos indianos que tomaram a Covishield estão enfrentando problemas com viagens para a UE, garanto a todos, levantei isso nos níveis mais altos e espero resolver este assunto em breve, tanto com os reguladores como a nível diplomático com países.
Outros usuários da redes postaram questões como "por que na União Europeia discriminaria uma vacina fabricada com a tecnologia apropriada, repassada pela própria matriz?", enquanto outros criticavam a decisão de Bruxelas.
A lista de vacinas aceitas para o programa europeu inclui a AstraZeneca produzida na UE e no Reino Unido, a Pfizer, a Moderna e a Johnson & Johnson.
A versão indiana da AstraZeneca, apesar de ser aprovada pela Organização Mundial de Saúde, deve antes ser aceita pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês) para poder figurar na lista. Nesta terça-feira (29), a EMA disse à NDTV que ainda não havia recebido o pedido de aprovação do medicamento do SII.
Assim como a Covishield, a vacina brasileira Coronavac, do Instituto Butantan e a russa Sputnik V também não constam na lista das vacinas permitidas no Certificado Digital.