As formigas em causa, cujo nome científico é Anoplolepis gracilipes, são conhecidas como "formigas-loucas amarelas" e são originárias do sudeste da Ásia. Sua reputação se deve aos seus movimentos rápidos e erráticos, sobretudo quando se sentem provocadas ou ameaçadas.
Na última década, estes insetos atormentaram a vida das aves marinhas que nidificam na ilha, especialmente seus filhotes, muitos dos quais ficaram cegos ou acabaram por morrer devido ao ácido fórmico expelido por estas formigas, informou a autoridade dos EUA.
Por causa de sua expansão pelo atol Johnston, milhares de aves deixaram de fazer seus ninhos em mais de 28 hectares de uma reserva natural que, por sua vez, é o único habitat de aves em quase 1,5 milhão de quilômetros quadrados de alto mar, sendo o refúgio de 14 espécies de ave.
Depois de mais de uma década, o reinado aterrorizante da formiga-louca amarela terminou no Refúgio Nacional de Vida Selvagem no atol Johnston. O inseto invasor tem ameaçado as aves marinhas que nidificam no solo do atol do Pacífico desde pelo menos 2010
Depois de estimar os danos causados por esta praga de formigas, um grupo de voluntários e trabalhadores do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA começou a fazer experiências com iscas venenosas e outras técnicas para se livrar dos insetos em causa. O trabalho durou vários anos e, quando os insetos desapareceram, os cientistas trouxeram dois cães treinados para farejar as colônias subterrâneas do atol. Os cães percorreram cerca de 200 quilômetros e não encontraram formigas.
Uma vez terminada a missão, os funcionários da organização estadunidense celebraram o fato de o atol poder, novamente, ser um refúgio seguro para as aves marinhas.