Astrônomos estudam galáxias distantes usando lente gravitacional a 3,3 bilhões de anos-luz

Astrônomos descobriram que o campo gravitacional de um aglomerado de galáxias, localizado à distância de 3,3 bilhões de anos-luz, pode servir como lente de aumento para observar áreas ainda mais distantes.
Sputnik

Usando o aglomerado de galáxias como uma lente gigante de aumento, os cientistas conseguiram estudar a galáxia CSWA128, que está localizada ainda mais distante, a 10,7 bilhões de anos-luz da Terra, segundo o estudo publicado na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters.

O aglomerado de galáxias é tão grande que sua gravidade distorce a luz como se fosse uma lupa. O chamado efeito de lente gravitacional faz a galáxia CSWA128 que está por trás dela parecer dez vezes maior do que pareceria se fosse observada de outra forma.

O novo método de observação permitiu obter um nível de detalhe muito maior do que era possível antes.

"Também descobrimos que a CSWA128 contém o dobro de áreas de formação de estrelas em relação ao que era anteriormente relatado", acrescentou a a coautora Tiantian Yuan.

No entanto, "este fenômeno de ampliação da natureza tem um custo. As imagens ampliadas são esticadas e distorcidas", disse a cientista.

Para evitar isso, os cientistas desenvolveram um método de reconstrução de imagem baseado em pixels que pode determinar a verdadeira forma de uma galáxia a partir da imagem esticada e distorcida produzida pelas lentes gravitacionais.

Um algoritmo reconstrói a distribuição de brilho da superfície da galáxia original em uma grade de pixels, com resolução sensível o suficiente para regiões tão pequenas quanto 100 parsecs ou menores.

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