Novo estudo argentino mostra eficiência da Sputnik V contra várias cepas da COVID-19

Uma pesquisa de cientistas argentinos mostrou que a vacina russa Sputnik V contra a COVID-19 gera anticorpos contra várias cepas do coronavírus presentes na Argentina: Gama (Brasil), Alfa (Reino Unido) e Lambda (Andes).
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"Não foram observadas quaisquer dificuldades na atividade neutralizante em soros de pessoas vacinadas com a Sputnik V", segundo os resultados de um estudo realizado pelo Projeto Argentino Interministerial de Genômica do SARS-CoV-2 (PAIS, na sigla em espanhol).

Os pesquisadores revelaram que os vacinados têm anticorpos que neutralizam as variantes do SARS-CoV-2 que circulam na Argentina: a cepa P.1 (Gama), B.1.1.7 (Alfa) и С.37 (Lambda). Como referência, foi tomada a atividade neutralizante exercida pelos soros contra a cepa B.1 (cepa de referência do ano 2020).

Entretanto, o número de anticorpos neutralizantes no soro sanguíneo de pessoas recuperadas ou vacinadas com Sputnik V diminuiu três vezes quando confrontados com a variante Gama do coronavírus. Essa reação não foi observada no caso das variantes Alfa e Lambda.

​Um novo relatório está em nossa página web. Foi o produto do trabalho de colaboração com o Biobanco de Doenças Infeciosas e o Hospital de Clínicas José de San Martín.

É relatado, pela primeira vez, que a variante Lambda é eficientemente neutralizada por anticorpos gerados em resposta à infecção por variantes que circularam no país país em 2020, bem como por aqueles gerados em resposta à vacinação com a Sputnik V.

Anteriormente, o Ministério da Saúde da Argentina informou que a aplicação de uma dose da vacina Sputnik V diminui a mortalidade contra a COVID-19 de 70% a 80% entre os pacientes na faixa etária de mais de 60 anos.

A vacina Sputnik V contra o SARS-CoV-2, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, foi a primeira do mundo a ser registada, em agosto de 2020.

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