De acordo com os cientistas, a anã branca, denominada ZTF J1901+1458, é altamente magnetizada e gira rapidamente. Além disso, ela é 35% mais massiva que nosso Sol, porém tem um diâmetro pequeno, de aproximadamente 4.300 quilômetros, sendo pouco maior que a Lua.
Isto significa que tem a maior massa e, contrariamente à crença intuitiva, o menor tamanho de qualquer outra anã branca já conhecida devido a sua grande densidade.
O nascimento da ZTF J1901+1458 também foi incomum, já que supostamente foi produto de um sistema estelar binário, onde duas estrelas orbitam entre si. A fusão de massa teria resultado em uma enorme explosão solar, denominada supernova, segundo a astrofísica Ilaria Caiazzo, autora do estudo publicado na revista Nature.
"Esta anã branca é realmente extrema [...] Encontramos este objeto muito interessante que não era grande o suficiente para explodir [...] É possível que a anã branca seja massiva o suficiente para colapsar em seguida em uma estrela de nêutrons", afirmou.
Apenas outros dois objetos são mais compactos que as anãs brancas, sendo eles os buracos negros e as estrelas de nêutrons.
A ZTF J1901+1458, descoberta pelo astrofísico e coautor do estudo Kevin Burdge, do Observatório Palomar da Caltech, está localizada próximo da Via Láctea, a aproximadamente 130 anos-luz da Terra.
A estrela recordista ainda gira em torno de seu eixo uma vez a cada sete minutos, com um campo magnético de aproximadamente um bilhão de vezes mais forte que o da Terra.