O avião tinha 96 pessoas a bordo, incluindo três pilotos e outros cinco membros da tripulação, conforme o ministro da Defesa das Filipinas, Delfin Lorenzana. A maioria eram militares recentemente graduados que foram enviados para a ilha no âmbito da força-tarefa conjunta de combate ao terrorismo na região majoritariamente islâmica.
"Enquanto transportava nossas tropas de Cagayan de Oro, falhou a pista, tentou recuperar o comando, mas não conseguiu", disse o general Cirilito Sobejana. O avião caiu pouco antes de pousar na ilha de Jolo, na província de Sulu. O chefe do Comando de Mindanau Ocidental, tenente-general Corletan Vinluan, disse à AFP que a aeronave ultrapassou a pista de aterrissagem e partiu-se em dois.
Segundo o major-general William Gonzales, comandante da força-tarefa de Sulu, vários soldados foram vistos saltando do avião antes de este bater no solo e pegar fogo depois de uma explosão.
VEJA: Uma enorme nuvem de fumaça pode ser vista acima do local da queda de um avião militar das Filipinas em Patikul, Sulu, no domingo [4].
Segundo um comunicado do ministro da Defesa das Filipinas, citado pela Reuters, no total 45 corpos foram recuperados e 40 pessoas teriam sido resgatadas. Mais tarde, um militar citado pela agência confirmou que continuam as buscas de 17 pessoas e que 50 foram hospitalizadas. Entre os 45 mortos confirmados estão 42 militares e três civis, segundo as Forças Armadas citadas pela AFP. Outros 49 militares e quatro civis estão hospitalizados.
FILIPINAS - Avião militar com 85 pessoas a bordo caiu ao tentar pousar. 15 foram resgatadas.
O porta-voz do ministério da Defesa, coronel Edgard Arevalo, afirmou que não havia indicação de qualquer ataque ao avião, mas a investigação do incidente ainda não começou. Os esforços são focados no salvamento e tratamento das vítimas.
O incidente é um dos mais trágicos na história da aviação militar do país. "Apelamos à nação para rezar por aqueles que ficaram feridos e por aqueles que pereceram nesta tragédia", disse o maior-general.
Os militares recém-formados deveriam se apresentar ao serviço no âmbito da força-tarefa de combate ao terrorismo na região já neste domingo. A região do sul das Filipinas tem forte presença de militares porque aí operam vários grupos militantes, incluindo o Abu Sayyaf, que praticam sequestros exigindo resgates.
Aviões C-130 têm sido amplamente usados pelas forças aéreas nas últimas décadas em todo o mundo para transporte de tropas, equipamento bélico e suprimentos. O avião Lockheed C-130 Hercules era um dos dois aviões, anteriormente da Força Aérea dos EUA, entregues para as Filipinas como parte da assistência militar neste ano, segundo AP.