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Para blindar Bolsonaro, assessores já admitem esquema dentro do Ministério da Saúde, diz mídia

No começo das denúncias, Bolsonaro tentou desqualificar as acusações de irregularidades na compra de vacinas, entretanto, presidente muda discurso e assessores "reconhecem" esquema de grupo dentro do ministério para blindar presidente, segundo mídia.
Sputnik

Segundo o blog do comentarista Valdo Cruz no G1, em meio aos avanços das investigações sobre irregularidades na compra de vacinas contra COVID-19, assessores do presidente Jair Bolsonaro mudaram o discurso e já admitem que grupos teriam montado um esquema para se beneficiar financeiramente dentro do Ministério da Saúde.

Uma evidência dessa "noção" do governo em torno dos esquemas seria a exoneração do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias.

O Planalto teria decidido agir preventivamente, mesmo sem provas de envolvimento do ex-diretor, baseado justamente nas informações anteriores de que grupos estariam atuando de forma irregular, segundo um auxiliar presidencial ouvido pelo blog.

No começo, o governo e o presidente tentaram desqualificar as acusações. Entretanto, Bolsonaro mudou o discurso e tem repetido que "não tem condições de saber de tudo o que acontece nos ministérios", conforme noticiado no dia 26 de junho.

A alteração no discurso já seria uma parte de uma estratégia para blindar o presidente da República em relação aos escândalos no ministério, segundo a mídia.

A CPI da Covid quer esclarecer se o chefe do Executivo sabia ou não dos esquemas no Ministério da Saúde.

O governo nega que o presidente soubesse, mas a comissão acredita que Bolsonaro tinha conhecimento, levando em conta o depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) que disse o ter alertado pessoalmente.

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