Ele foi transferido para um hospital em estado crítico. O primeiro-ministro dos Países Baixos qualificou o incidente como "ataque ao jornalismo livre".
O jornalista de 64 anos foi baleado pelo menos cinco vezes ao sair de um estúdio da emissora RTL em Amsterdã depois de participar de um programa de TV. Posteriormente, três suspeitos foram detidos em conexão com o ataque.
Charles Michel, o presidente do Conselho Europeu, criticou asperamente a agressão que foi dirigida contra o jornalista, chamando o ato de ataque contra os fundamentos dos valores europeus. Segundo o rei dos Países Baixos Willem-Alexander, o sucedido é um "ataque contra o Estado de direito". O premiê do país Mark Rutte descreveu o incidente como "chocante e inconcebível".
"É um ataque a um jornalista corajoso e, por extensão, um ataque à liberdade de imprensa, que é tão essencial para nossa democracia e Estado de direito", afirmou Rutte.
Este é um crime contra o jornalismo e um ataque a nossos valores de democracia e Estado de direito. Continuaremos a defender implacavelmente a liberdade de imprensa.
O jornalista foi atacado na praça Leidseplein por volta das 19h30 hora local (14h30, horário de Brasília). Ele recebeu pelo menos cinco tiros, incluindo um na cabeça.
Além de ser famoso nos Países Baixos, De Vries também se tornou conhecido nos EUA por seu trabalho de investigação sobre o misterioso desaparecimento da adolescente Natalee Holloway na ilha caribenha de Aruba em 2005.
Além disso, chegou à fama informando sobre o sequestro de Freddy Heineken, criador do império cervejeiro de Amsterdã e um dos homens mais ricos da Europa. O sequestrador, Willem Holendeer, foi condenado em 2013 por ameaçar De Vries.
Em 2019, as autoridades disseram a De Vries que ele estava na lista negra de um criminoso foragido depois que o jornalista participou do caso contra o suposto traficante de drogas Ridouan Taghi.