República Dominicana apura possível entrada no país de assassinos do presidente do Haiti, diz mídia

O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado por homens armados que invadiram sua residência na madrugada desta quarta-feira (7).
Sputnik

As autoridades da República Dominicana estão investigando uma possível entrada em seu território dos assassinos do presidente haitiano Jovenel Moïse, informa o jornal local Diario Libre, citando fontes do governo.

O grupo que teria utilizado a República Dominicana como rota de fuga para sair do Haiti seria formado por quatro colombianos e três venezuelanos.

"Existem várias teorias ligadas ao assassinato e um dos cenários apresenta os sete sul-americanos como contratados de 'pessoas muito poderosas no Haiti, que se dedicam ao tráfico de drogas e sequestro'", afirma a mídia citando uma fonte do governo dominicano que pediu para permanecer anônima.

Segundo essa teoria, os assassinos poderiam estar em cumplicidade com um importante chefe de polícia haitiana que atuaria na segurança presidencial e teria participado da trama, afrouxando as medidas de segurança na residência do falecido presidente.

As autoridades dominicanas foram alertadas de que esses sete suspeitos podem ter entrado no país, portanto existe um estado de alerta máximo.

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Haiti em estado de emergência

O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado nesta quarta-feira (7) por homens armados que invadiram sua residência na madrugada. A primeira-dama, Martine Moïse, foi baleada no ataque e está recebendo atendimento médico.

Os EUA conclamaram as autoridades haitianas a levar à justiça aqueles que assassinaram o presidente. "Instamos as autoridades haitianas a levar os responsáveis [pelo assassinato de Moïse] à justiça", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, nesta quarta-feira (7).

O primeiro-ministro interino do Haiti, Claude Joseph, decretou estado de emergência em todo o país. Joseph caracterizou o ataque "hediondo, desumano e bárbaro" e apelou à calma.

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