A rocha espacial vai ser designada como potencialmente perigosa, uma vez que cientistas avaliam o risco de colisão com o nosso planeta como sendo 1 em 2.700.
Em um novo estudo, especialistas do Centro Nacional de Ciência Espacial da China propuseram lançar uma série de foguetes portadores para simular o desvio de um asteroide que ameace a Terra.
De acordo com o modelo chinês, o impacto simultâneo de 23.900 toneladas de foguetes Long March 5 (CZ-5) poderia desviar o Bennu em aproximadamente nove mil quilômetros, ou seja, 1,4 vez o raio da Terra. Tal poderia significar a diferença entre o asteroide passar ou colidir com o planeta, com resultados catastróficos.
"Os impactos dos asteroides representam uma grande ameaça à vida na Terra. Desviar um asteroide de uma trajetória de impacto é crítica para mitigar esta ameaça [...] Um impactador cinético permanece o método mais viável para desviar asteroides", segundo o estudo.
Seria precisa uma quantidade significativa de energia cinética para desviar um asteroide como o Bennu de sua trajetória original.
Embora uma explosão nuclear possa parecer ser a escolha lógica para tal missão, esta estratégia teria o risco de partir o alvo em diversos pedaços, que poderiam colidir com a Terra.
Entretanto, os cientistas afirmam que sua proposta é "desviar asteroides como o Bennu com uma técnica não nuclear com um prazo de lançamento de dez anos".
"Além disso, com um único CZ-5, a distância de desvio de um asteroide de 140 metros de diâmetro com um prazo de lançamento de dez anos aumenta de menos de um para mais de um raio da Terra, representando uma melhoria na confiabilidade e eficiência da missão de desvio do asteroide", segundo o estudo.
A abordagem da equipe chinesa exige que inúmeros foguetes atinjam a superfície de Bennu ao mesmo tempo, após viajar três anos da Terra para chegar ao asteroide.
De acordo com a pesquisa, o foguete Longa Marcha 5 precisaria apenas de algumas mudanças para ser usado em uma missão de desvio de asteroide, como a inclusão de propulsores de manobras.