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'Não vou responder nada': diz Bolsonaro após carta enviada pela CPI pedindo confirmação de denúncias

Presidente reage com desprezo à carta enviada pela Comissão Parlamentar de Inquérito cobrando confirmação ou não por parte do presidente diante das denúncias de corrupção envolvendo compra de vacinas.
Sputnik

Após carta enviada na quinta-feira (8) pela CPI da Covid ao presidente Jair Bolsonaro, pedindo para o mesmo confirmar ou não denúncias sobre irregularidades nas compras das vacinas Covaxin e AstraZeneca, Bolsonaro disse que não vai responder ao ofício, segundo a revista Veja.

Durante live em uma de suas redes sociais oficiais, o presidente falou sobre a carta reagindo com desprezo e utilizou termos chulos para comentar o assunto.

"Hoje foi o Renan [Calheiros (MDB-AL)], o Omar [Aziz (PSD-AM)] e o saltitante, fizeram uma festa lá embaixo para eu responder pergunta à CPI. Você sabe qual a minha resposta, pessoal? C***ei. C***ei para CPI. Não vou responder nada. É uma CPI de sete pessoas, agora passaram para seis, que não estão preocupados com a verdade", declarou o presidente.

"Saltitante" é como Bolsonaro se refere ao vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Bolsonaro ainda acusou os membros da CPI de "criarem caos", já que a comissão também é foco de atenção do mercado financeiro. Segundo ele, os desdobramentos das investigações "mexem na Bolsa de Valores, fazem aumentar o preço do petróleo e fazem aumentar o preço do combustível por tabela".

Sobre as irregularidades na compra da vacina Covaxin e o pedido de propina para compra da AstraZeneca pelo ex-servidor da Saúde, Roberto Dias, Bolsonaro voltou a negar que tenham acontecido ambos os casos.

"É para ficar revoltado com essa forma que essa CPI trata esse assunto tão sério. Daí me rotulam como corrupto onde não gastei. Não recebemos nem uma dose sequer", disse o presidente.

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