"Mercenários vieram à casa do presidente, eles o torturaram e o mataram. Nós capturamos cerca de 20 deles. No momento, eles estão em custódia. E nós acreditamos, nós acreditamos firmemente, que vai ser feita justiça ao presidente Jovenel Moïse [...] Nós temos as pessoas certas [em custódia]", afirmou ele durante uma entrevista na sexta-feira (9).
Joseph, que declarou estado de exceção por duas semanas após a morte de Moïse, afirmou que seu objetivo era fazer justiça à família do presidente assassinado.
Ao ser questionado sobre a luta pelo poder político, desencadeada logo após a morte de Moïse, Joseph respondeu:
"Não sei se há uma luta pelo poder. Não estou atento [...] Estou concentrado em fazer justiça ao presidente Jovenel Moïse [...] mas eu era primeiro-ministro interino. Depois da trágica morte de Jovenel Moïse, eu tinha que assumir o comando e eu fiz isso", respondeu.
Claude Joseph foi nomeado por Moïse em abril para ser o primeiro-ministro interino do país após a renúncia de Joseph Jouthe. No dia 6 de julho, um dia antes de Moïse ser assassinado, ele nomeou Ariel Henry para suceder a Joseph.
Embora alguns considerem que a tomada de poder de Joseph seja inconstitucional, ele conta com o apoio dos EUA e da ONU.
Contudo, na sexta-feira (9) o Senado do país, a única instituição que restou das autoridades eleitas na governança do Haiti, elegeu o presidente do Senado, Joseph Lambert, como líder interino do país.
Na manhã de quarta-feira (7), Jovenel Moïse, presidente do Haiti, foi assassinado a tiros em sua residência.
De acordo com a Polícia haitiana, o ato foi perpetrado por um grupo de 28 mercenários, 26 dos quais eram colombianos e dois haitianos-americanos.