A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador de valores mobiliários do Brasil, aprovou um Fundo de Investimento Negociado em Bolsa (ETF, na sigla em inglês) baseado em criptomoeda ether, negociada na plataforma baseada no blockchain Ethereum.
O sistema batizado de QETH11, terá suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo B3. É gerenciado pela QR Asset Management, empresa que monitora o preço da segunda maior criptomoeda por capitalização de mercado.
Essa autorização veio um mês depois de a QR ter lançado o primeiro ETF de bitcoin da Bolsa brasileira, o QBTC11. Com isso, o Brasil passa a ser o primeiro país da América Latina a aprovar um ETF Ethereum.
A empresa fez o anúncio em uma série de postagens em sua conta no Twitter nesta terça-feira (13).
Enfatizando a autonomia dos investidores no processo: "Assim, buscando dar mais autonomia para os investidores, a QR Asset consolida a estratégia de ETFs monoativos ao devolver o poder de escolha aos seus clientes", comunicou.
Em abril, o Canadá se tornou o primeiro do mundo a aprovar lançamento de instrumentos de investimento baseados em criptomoeda.
Até então, brasileiros só podiam aplicar em ether comprando a moeda digital diretamente em uma plataforma de criptomoedas. Com a aprovação, os interessados vão poder investir no ativo negociando o fundo direto na B3. No entanto, ainda não há previsão de quando o produto deve estar acessível na Bolsa.
O ether é a segunda maior moeda digital do mundo em valor de mercado, com US$ 227,143 bilhões (R$1,1 bilhão). A maior e a primeira criptomeda é o bitcoin, que tem valor de mercado de US$ 611,4 bilhões (R$ 3,3 bilhões).