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Dominghetti teria avisado Cristiano Carvalho, da Davati, sobre 'comissionamento' na venda de vacinas

O representante da empresa Davati, Cristiano Carvalho, afirmou que policial militar não usou a palavra "propina". Segundo ele, o pedido de "comissionamento" partiu do "grupo do tenente-coronel Blanco".
Sputnik

Nesta quinta-feira (15), o representante da empresa Davati no Brasil, Cristiano Alberto Hossri Carvalho, disse em depoimento à CPI da Covid que o policial militar Luiz Paulo Dominghetti Pereira comunicou a ele sobre um pedido de "comissionamento" na negociação de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.

O representante deixou claro que não foi usada a palavra "propina" na conversa e nem mesmo o valor exato do chamado "comissionamento" sobre o acordo de venda dos imunizantes.

"Só para reforçar, o valor de US$ 1 nunca me foi mencionado. Porque também é uma coisa tão absurda que ele nunca chegou a me dizer isso. Só falou que havia sido pedido um comissionamento", relatou.

Carvalho afirmou ainda que Dominghetti teria mencionado que o pedido partiu do "grupo do tenente-coronel Blanco". O nome de Cristiano foi primeiramente citado na CPI há duas semanas, pelo próprio Luiz Paulo Dominghetti. O policial relatou que ofereceu ao Ministério da Saúde as doses da vacina da AstraZeneca em nome da empresa Davati.

Em seu depoimento, Dominghetti confirmou que o ex-diretor de Logística da Saúde, Roberto Dias, teria pedido US$ 1 de propina por dose, o que Roberto Dias nega.

Dominghetti teria avisado Cristiano Carvalho, da Davati, sobre 'comissionamento' na venda de vacinas

Cristiano revelou também que havia dois grupos atuando em nome do Ministério da Saúde. Um seria o do ex-secretário-executivo Élcio Franco e o outro grupo seria o de Roberto Dias, do qual fazia parte o coronel Blanco.

O depoente mencionou ainda que parecia que o grupo de Élcio Franco não sabia das negociações feitas pelo grupo de Dias e Blanco.

"O que senti do Élcio Franco foi que não tinha conhecimento algum do que o Roberto Dias estava tratando", comentou Carvalho sobre a ocasião em que procurou Franco na tentativa de driblar o "comissionamento" sugerido.
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