Repórter criminal Peter R. de Vries morre no hospital após levar tiros em Amsterdã

Jornalista de investigação holandês Peter R. de Vries acabou por não resistir aos ferimentos do ataque ocorrido na terça-feira (6) passada, no centro de Amsterdã, onde foi baleado pelo menos cinco vezes ao sair de um estúdio da emissora RTL.
Sputnik

Peter R. de Vries, de 64 anos, era uma celebridade nos Países Baixos, sendo conhecido tanto como comentador frequente em programas criminais, como repórter criminal com ligações diretas à Lei e ao mundo do crime.

"Peter lutou até o fim, mas não foi capaz de vencer esta batalha. Ele morreu rodeado de pessoas que o amavam", declarou sua família em um comunicado publicado pela emissora RTL, onde de Vries trabalhava como repórter criminal.

Os dois suspeitos do ataque foram detidos não muito depois de Peter R. de Vries ter sido ferido. A polícia holandesa indicou que os suspeitos são um jovem holandês de 21 anos e um homem polonês de 35 anos residente nos Países Baixos.

O repórter criminal já teria recebido várias ameaças vindas do mundo do crime no decorrer de sua carreira. Contudo, apesar de tudo isso, "ele viveu fiel ao seu lema: 'Ajoelhado não é maneira de ser livre'", disse sua família.

Em 2019, as autoridades informaram de Vries que ele estava na lista negra de um criminoso foragido depois que o jornalista participou do caso contra o suposto traficante de drogas Ridouan Taghi. Dois anos mais tarde, o repórter criminal foi atacado na praça Leidseplein por volta das 19h30 hora local (14h30, horário de Brasília), tendo recebido pelo menos cinco tiros, incluindo um na cabeça.

As autoridades holandesas expressaram sua opinião sobre o evento. O rei dos Países Baixos, Willem-Alexander, considerou o sucedido um "ataque contra o Estado de direito", enquanto que o premiê holandês, Mark Rutte, o descreveu como "chocante e inconcebível".

Por sua vez, a revolta causada por tamanho acontecimento em Amsterdã está se alastrando por toda a Europa.

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