OPEP+ estende pacto de corte de produção até dezembro de 2022; EAU voltam atrás e confirmam acordo

Neste domingo (18), a organização anunciou que vai manter o corte de produção de petróleo até o final de 2022. Emirados Árabes Unidos, antes contrários à decisão, voltaram atrás e afirmaram adesão.
Sputnik

Em um comunicado publicado no site da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) neste domingo (18), a organização informa que a OPEP + concordou em manter o acordo de corte de produção de petróleo alcançado em abril de 2020 em vigor até o final de 2022, permitindo aos produtores aumentarem a produção total em 400.000 barris por dia todos os meses até o total acordado atualmente de cortes de 5,8 milhões de barris.

No âmbito das reuniões, a organização concordou em continuar realizando encontros mensais para "avaliar as condições do mercado e decidir sobre os ajustes do nível de produção para o mês seguinte, buscando encerrar os ajustes de produção até o final de setembro de 2022, sujeito às condições de mercado".

Além disso, ficou acordado que, a partir de maio de 2022, serão estabelecidos novos níveis de referência para a produção de diversos países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Iraque, Kuwait e Rússia.

No dia 12 de julho, os EAU disseram que não estavam de acordo com o novo prazo da proposta, pois acreditam que o ideal era bombear mais petróleo agora, para que possam investir na diversificação antes que a demanda de petróleo diminua, conforme noticiado.

OPEP+ estende pacto de corte de produção até dezembro de 2022; EAU voltam atrás e confirmam acordo

Entretanto, hoje (18), o governo emiradense confirmou sua adesão ao acordo através de uma declaração do ministro da Energia dos EAU, Suhail bin Mohamed Mazrui.

"Quero confirmar que os Emirados Árabes Unidos estão comprometidos com esse aumento e sempre trabalhamos dentro dele [acordo de corte de petróleo]; aplicamos o máximo esforço para alcançar o equilíbrio no mercado", disse Mazrui em entrevista coletiva após a reunião.

A organização saudou "o desempenho positivo" de todos os países participantes do acordo, destacando que "o cumprimento geral dos reajustes de produção foi de 113% em junho [incluindo os do México]".

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