O telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul, no Chile, captou e compartilhou na sexta-feira (16) imagens nítidas de galáxias próximas que se parecem com fogos de artifício coloridos e lançam luz sobre a evolução estelar.
As imagens mostram os componentes das galáxias em diferentes cores, permitindo aos astrofísicos localizar as jovens estrelas e o gás que elas estão aquecendo ao seu redor.
Durante a pesquisa os cientistas examinaram 30.000 nebulosas de gás quente em 15 milhões de espectros e 100.000 regiões de gás frio em 90 galáxias próximas à Terra. A combinação destes dados com observações do radiotelescópio chileno ALMA permite que os pesquisadores aprendam mais sobre o que desencadeia a formação de estrelas. Este telescópio "é particularmente adequado para mapear nuvens de gás frio", explica o comunicado do Observatório Europeu do Sul.
"Pela primeira vez estamos resolvendo unidades individuais de formação de estrelas em uma ampla variedade de locais e ambientes, dentro de uma amostra que representa bem os diferentes tipos de galáxias", explica o autor principal do estudo Eric Emsellem, da Universidade de Heidelberg, Alemanha.
O astrofísico sublinha que ele e sua equipe podem "observar diretamente o gás que dá origem às estrelas, ver as próprias estrelas jovens e testemunhar sua evolução através de várias fases". Estas são as nuvens de gás frio que fornecem o material a partir do qual as estrelas se formam. Os astrofísicos europeus comparam os fogos de artifício cósmicos a "viveiros estelares", onde as estrelas nascem e crescem.
Agora os autores do estudo planejam "resolver mais mistérios", em particular, descobrir se as estrelas se formam em regiões específicas do Universo e como a evolução influencia a formação de novas gerações de estrelas.