O suspeito de 35 anos foi acusado de arrecadar cerca de 10 milhões de coroas norueguesas (R$ 5,8 milhões) em indenizações relacionadas à pandemia da Administração de Trabalho e Bem-Estar (NAV, na sigla em norueguês) do país. O programa de benefícios é projetado para ajudar aqueles que foram afetados financeiramente pela crise de saúde.
De acordo com relatos, o homem usou cerca de 300 identidades roubadas de funcionários que trabalham em 11 empresas diferentes. Ele supostamente deu aos "funcionários" altas rendas para que eles pudessem reivindicar o valor máximo de compensação salarial.
No total, o suspeito solicitou cerca de 17 milhões de coroas (R$ 9,86 milhões), mas recebeu apenas cerca de metade do valor antes de as autoridades suspeitarem. A polícia norueguesa descreveu o golpe como um dos maiores casos de fraude de socorro da COVID-19 até o momento.
Depois de receber pagamentos da NAV, acredita-se que o homem canalizou o montante para uma rede de lavagem de dinheiro. Até agora, a polícia recuperou somente um milhão de coroas (R$ 580 mil).
O caso do suposto golpista será ouvido em um tribunal de Oslo no próximo mês. O homem nega as acusações.
A Noruega não é o único país a sofrer fraudes relacionadas à pandemia. Em março, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês) anunciou que havia acusado 474 réus por crimes baseados em esquemas de fraude relacionados à crise de saúde.
No total, os suspeitos tentaram roubar US$ 569 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) do governo dos EUA e de americanos desavisados por meio de fraude, disse o DOJ em um comunicado.