Rússia renuncia ao dólar e se flexibiliza na exportação de armas para contrariar sanções

Deixar de usar o dólar e aplicar um enfoque individual para cada cliente são as principais contramedidas da Rússia ante as sanções do Ocidente, disse à Sputnik o diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnica e Militar, Dmitry Shugaev.
Sputnik

A declaração foi feita durante o Salão Aeroespacial Internacional MAKS 2021 nos arredores de Moscou, na Rússia, nesta quarta-feira (21).

"Contramedidas russas ante as sanções consistem no enfoque individual para cada cliente, em oferecer condições atrativas durante a firmação de contratos, na correção de formas de pagamento e proposta de esquemas mais flexíveis para isso, em renunciar ao dólar e a passar a usar outras moedas, inclusive as nacionais", disse ele.

O diretor também notou que, ao contrário dos países ocidentais, a Rússia não apresenta aos parceiros suas condições "políticas" para realizar a cooperação militar e técnica.

"Rússia é um sócio confiável que oferece material de qualidade por um preço real. Por isso, no mercado internacional de armas se mantém uma demanda estável por produtos russos de uso militar", ressaltou Shugaev.

Nos últimos anos, os volumes de exportação de armamentos russos têm permanecido estáveis – por volta de US$ 15 bilhões (R$ 78,72 bilhões) por ano, a carteira de encomendas tem um valor de cerca de US$ 50 bilhões (R$ 262,38 bilhões).

Esses índices permitem à Rússia ficar no segundo lugar após os Estados Unidos entre os fornecedores de armamento globais.

Por sua vez, os volumes norte-americanos são consideravelmente maiores, por exemplo, em 2020 as exportações de armas de Washington atingiram US$ 175 bilhões (R$ 918,35 bilhões).

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