Em 20 de julho, no dia do voo ao espaço do bilionário Jezz Bezos, a Administração Federal da Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) mudou sua definição de quem pode ser considerado astronauta. Segundo a nova interpretação do termo, Bezos e sua tripulação não o são.
Bezos cumpriu com um dos requisitos para ganhar este título superando o limite de 80 quilômetros de altitude, considerado início do espaço exterior. Além disso, os tripulantes cruzaram a linha de Karman de 100 quilômetros, que os cientistas consideram a fronteira entre a atmosfera e o espaço sideral.
No entanto, para entrar na categoria de astronautas, segundo a entidade norte-americana, é preciso realizar atividades em voo que possam ser consideradas "essenciais para a segurança pública ou que contribuam para a segurança dos voos espaciais humanos".
A entidade afirmou em comunicado que as novas mudanças colocam o programa de proficiência de pilotos mais de acordo com seu papel de proteger a segurança pública durante os voos espaciais comerciais.
Assim, de acordo com a nova exigência, Bezos e sua equipe caíram fora da categoria porque efetivamente não cumpriram nenhuma das exigências durante seu primeiro voo ao espaço. Sua espaçonave New Shepard era totalmente autónoma e foi operada a partir da Terra.
Richard Branson, da Virgin Galactic, que realizou igualmente um voo ao espaço em 11 de julho no avião-foguete VSS Unity, também não se encaixa na nova interpretação do termo.
Em 20 de julho, Jeff Bezos, seu irmão Mark, o jovem holandês Oliver Daemen de 18 anos, e a ex-piloto norte-americana Wally Funk, de 82 anos, viajaram ao espaço a bordo do foguete New Shepard, com uma cápsula tripulada, da empresa Blue Origin. O voo partiu do deserto do estado norte-americano do Texas e durou dez minutos.