Tropas dos EUA deixarão Bagdá até 31 de dezembro, afirmam líderes dos EUA e do Iraque

Presidente dos EUA afirmou que, mesmo após a saída das tropas norte-americanas do Iraque, Washington ajudará Bagdá no combate ao terrorismo, com foco no aconselhamento e treinamento das tropas locais.
Sputnik

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa Al-Kadhimi, assinaram um acordo nesta segunda-feira (26) encerrando formalmente a missão de combate dos EUA no Iraque no final de 2021, mais de 18 anos após o envio de tropas norte-americanas para Bagdá.

"As delegações decidiram, após as recentes conversações técnicas, que a relação de segurança mudará completamente para um papel de treinamento, assessoria, assistência e compartilhamento de inteligência, e que não haverá forças dos EUA com um papel de combate no Iraque a partir de 31 de dezembro de 2021", diz a nota conjunta. 

Com a retirada das últimas forças norte-americanas do Afeganistão no final de agosto, o presidente democrata encerra as missões de combate dos EUA nas duas guerras iniciadas pelo então presidente George W. Bush (2001-2009).

"Nosso papel no Iraque será [...] estar disponível, continuar treinando, ajudando, auxiliando e lidando com o Daesh [organização terrorista, proibida na Rússia e em vários outros países] quando ele surgir, mas não estaremos em uma missão de combate até o final do ano", disse Biden a repórteres, citado pela agência Reuters.

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'Objetivo é a derrota duradoura do Daesh'

Atualmente, há 2.500 soldados norte-americanos no Iraque concentrados no combate ao Daesh. O papel dos EUA em Bagdá mudará inteiramente para treinar e aconselhar o Exército iraquiano a se defender.

Não se espera que a mudança tenha um grande impacto, uma vez que os EUA já se concentram no treinamento das forças iraquianas.

Uma coalizão liderada pelos EUA invadiu o Iraque em março de 2003, acusando o governo do então líder iraquiano Saddam Hussein de possuir armas de destruição em massa. Saddam foi afastado do poder, mas as armas nunca foram encontradas.

Nos últimos anos, a missão dos EUA tem se focado em ajudar a derrotar os militantes do Daesh no Iraque e na Síria.

"Ninguém vai declarar a missão cumprida. O objetivo é a derrota duradoura do Daesh", disse um alto funcionário do governo norte-americano antes da visita de Kadhimi à Casa Branca.

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