Quando EUA saírem da Síria será como no Afeganistão 'deixando país em ruínas', diz político sírio

Político sírio Qadri Jamil, secretário do partido Vontade Popular e membro da direção da Frente para a Mudança e Libertação da Síria, declarou que os EUA vão deixar a Síria, mas a questão é quando isso acontecerá e qual será a escala da devastação que vão deixar.
Sputnik

"Os americanos se retirarão da Síria, mas a questão é quando e como. A decisão estratégica de sair da Síria foi tomada, mas como será isso? Provavelmente será como no Afeganistão. Eles vão tentar sair, deixando o país em estado de ruína", disse o político durante uma conferência on-line intitulada "Síria: buscando uma solução para a crise de dez anos".

Qadri Jamil afirmou também que o povo sírio deve se unir para expulsar as forças americanas e fortalecer seu país.

"Os americanos prometem muito, enganam [...] Na verdade, os americanos entregaram territórios sírios aos turcos e estão tentando se beneficiar da situação. Mas, no final, todos combatem todos. Os americanos têm meios, capacidades. É claro que essas capacidades se enfraquecem e os sírios estão se unindo cada vez mais, eles devem se unir ainda mais para expulsar os americanos e fortalecer seu Estado. A questão é quando e como os americanos vão sair e qual será a devastação que vão deixar", concluiu Jamil.
Quando EUA saírem da Síria será como no Afeganistão 'deixando país em ruínas', diz político sírio

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que os países ocidentais são responsáveis pela deterioração da situação humanitária na Síria, exortando-os a reconhecer suas responsabilidades.

O ministro russo destacou que a situação humanitária na Síria é agravada pelas sanções dos EUA e pela ocupação ilegal da margem leste do rio Eufrates pelas forças americanas.

Os militares norte-americanos, junto com as milícias curdo-árabes das Forças Democráticas da Síria (FDS), controlam territórios do norte e nordeste da Síria nas províncias de Deir ez-Zor, Al-Hasakah e Raqqa, onde se concentram as maiores jazidas de petróleo e gás.

O governo sírio qualifica a presença do Exército dos EUA como ocupação de seu território, pilhagem organizada e banditismo por parte de Washington.

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