Reino Unido pretende expulsar China do mercado britânico de energia nuclear, revela mídia

De acordo com o Financial Times, o governo britânico quer retirar a corporação estatal chinesa de energia nuclear CGN – a segunda maior empresa da China que trabalha nesta área – de todos os futuros projetos de energia no Reino Unido.
Sputnik

Depois de uma série de brigas entre os dois países sobre questões políticas e econômicas, incluindo a decisão de forçar a empresa de tecnologia chinesa Huawei a sair do leilão de 5G do Reino Unido e de Londres ter oferecido cidadania britânica aos residentes de Hong Kong, o Reino Unido está cada vez mais relutante em deixar a China entrar em seus assuntos internos.

Embora a empresa China General Nuclear Power Group (CGN) já possua 33% de uma usina nuclear localizada no condado de Somerset, sua participação futura nos projetos de energia nuclear do Reino Unido será limitada, aponta o jornal.

As restrições podem afetar os planos de construção da central nuclear de Sizewell, no condado de Suffolk, no valor de 20 bilhões de libras esterlinas (R$ 143 bilhões).

Além disso, a recém-proposta construção de uma nova usina nuclear em Bradwell-on-Sea pelas empresas CGN e EDF Energy não receberá luz verde do governo britânico, sugere jornal.

"Não há a menor chance de que a CGN construa a Bradwell. Dada a abordagem que temos visto à Huawei, [o governo britânico] não vai deixar uma empresa chinesa construir uma nova usina nuclear", afirmou uma fonte próxima ao assunto.

O interlocutor referiu também que estavam em curso negociações com o desenvolvedor principal de Sizewell C sobre a substituição da CGN por um parceiro diferente.

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