A Federação dos Cientistas Americanos (FAS, na sigla em inglês) divulgou fotos de um campo chinês recentemente detectado onde supostamente estão sendo construídos mais de 100 silos para mísseis nucleares. O campo está perto da cidade de Kumul (também chamada de Hami), na região autônoma de Xinjiang.
A construção, supostamente vista nas imagens, "constitui a expansão mais significativa do arsenal nuclear da China na história", disseram especialistas da Federação de Cientistas Americanos, acrescentando que o programa de implantação de mísseis da China é "o mais extenso desde a construção de silos para mísseis pelos Estados Unidos e a União Soviética durante a Guerra Fria".
O campo está à distância de 380 quilômetros do local de suposta construção de outros 119 silos para mísseis balísticos intercontinentais em um deserto próximo à cidade de Yumen.
O novo campo foi localizado por Matt Korda, pesquisador associado ao Projeto de Informação Nuclear da FAS. A construção começou em março deste ano e está sendo realizada "a um ritmo rápido", conforme especialistas.
Encontramos um segundo campo de silos para mísseis nucleares chineses em Xinjiang oriental.
Os pesquisadores da FAS destacaram que não se sabe como Pequim usará os novos silos e quantas ogivas terá cada míssil. É possível carregar todos os silos com mísseis ou apenas alguns, para usar os restantes como armadilhas.
Os locais são provavelmente destinados a mísseis balísticos intercontinentais DF-41, que podem transportar múltiplas ogivas e atingir alvos a 15.000 quilômetros de distância.
A FAS disse que há várias razões para a construção de novos silos. Segundo a organização, "este novo complexo de mísseis representa uma reação lógica à dinâmica competição armamentista, em que vários jogadores com armas nucleares - incluindo a Rússia, Índia e Estados Unidos – estão melhorando suas forças nucleares e convencionais, bem como as capacidades de defesa antimísseis".