A segunda tentativa de teste ocorreu nesta quinta-feira (28), no polígono Point Mugu, na Califórnia, onde o míssil de lançamento aéreo seria separado de um bombardeiro estratégico B-52H.
De acordo com o comunicado da Base da Força Aérea de Edwards, o míssil "se separou perfeitamente da aeronave e demonstrou com sucesso a sequência de lançamento completa, incluindo aquisição de GPS, desconexão umbilical e transferência de energia da aeronave para o míssil".
"Após manobras de separação bem-sucedidas, o motor do míssil não pegou", disse o comunicado.
Um vídeo lançado pela revista Airman mostra claramente as aletas dobráveis no AGM-183A ARRW.
O dr. Mark J. Lewis, ex-cientista-chefe da Força Aérea, forneceu uma visão aprofundada de como a Força Aérea dos EUA está desenvolvendo a tecnologia hipersônica.
Cinco vezes a velocidade do som
O primeiro teste de lançamento deste míssil ocorreu no início de abril e falhou porque a arma, transportada por um bombardeiro estratégico B-52, "não foi lançada", segundo um comunicado. O erro ocorreu depois que a Força Aérea adiou várias vezes a data desse teste, tendo planejado originalmente realizá-lo antes do final de 2020.
O míssil está sendo desenvolvido no âmbito do programa Air Launch Rapid Response Weapon (ARRW). O ARRW Rapid Prototype Development Contract, no valor de US $ 480 milhões, foi concedido em agosto de 2018 à Lockheed Martin Company.
A Força Aérea dos Estados Unidos espera que suas primeiras armas hipersônicas estejam prontas em 2022 e 2023.
Anteriormente, tanto especialistas quanto líderes militares dos EUA reconheceram o atraso do país norte-americano no campo de armas hipersônicas em comparação com a Rússia e a China.
Armas hipersônicas são aquelas capazes de voar a mais de cinco vezes a velocidade do som, sendo capazes de manobrar e mudar sua direção e altitude, o que torna a interceptação impossível hoje.