Nesta quarta-feira (5), o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, passava por um grupo de cerca de 200 manifestantes para entrar no Parlamento na capital do país, Kingstown, quando foi atingido por um projétil, segundo informou o seu gabinete, citado pela mídia local News784.
O gabinete do primeiro-ministro revelou detalhes de ataque, informando que 200 manifestantes, em reposta aos apelos da oposição, fizeram um piquete ao lado do Parlamento e bloquearam a entrada no edifício.
O carro de Gonsalves entrou no portão do Parlamento, o primeiro-ministro, de 74 anos, saiu do veículo e tentou entrar no edifício a pé. Um manifestante lançou o projétil contra Gonsalves, que o feriu na cabeça, centímetros acima de têmpora.
O primeiro-ministro voltava para a sessão do Parlamento, onde os legisladores discutiam a reforma da saúde pública e a vacinação contra o coronavírus de trabalhadores de primeira linha.
O gabinete do premiê comunicou que após o ataque, o primeiro-ministro estava "sangrando profusamente" e foi levado ao hospital pelos seus seguranças, onde se encontrou com mulher.
"Ele informou seus colegas que está se recuperando", de acordo com seu gabinete.
Durante a sessão parlamentar na noite, o ministro das Finanças, Camillo Gonsalves, afirmou que o pessoal médico recomendou que o primeiro-ministro viajasse para Barbados para exame de ressonância magnética.
"Quero dizer isto claramente, isto não é um arranhão, foi um atentado contra a vida do primeiro-ministro", disse o ministro das Finanças.
Mais tarde, foi informado que a polícia de São Vicente e Granadinas prendeu uma mulher suspeita do ataque ao primeiro-ministro, segundo o senador Julian Francis.
"Quero dizer que uma mulher foi presa, pode haver mais. Ela queria pedir desculpas ao primeiro-ministro. Eu disse não, ela não vai na frente de meu líder político para fazer qualquer coisa. Você quer se desculpar porque você foi preso", disse Francis, citado pela mídia local.
A investigação do atentado a Ralph Gonsalves continua no país.