Neste sábado (7), em um discurso na TV, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que embora o grupo tenha optado por responder aos ataques aéreos israelenses em terra aberta, isso poderia escalar com uma estratégia diferente no futuro, de acordo com a Reuters.
O líder acrescentou que o Hezbollah operava de acordo com uma equação clara: "Terreno aberto para terreno aberto", referindo-se à decisão do grupo de mirar seus foguetes principalmente em áreas despovoadas ao norte do Estado judeu.
Na quarta-feira (4), as sirenes de alerta soaram na região norte de Israel, perto da fronteira libanesa, após o lançamento de três foguetes, que foram respondidos com fogo de artilharia pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) conforme noticiado.
Na sexta-feira (6), foram registradas novas tensões na fronteira, após o Hezbollah ter lançado 19 foguetes contra território israelense.
Nasrallah afirmou que Tel Aviv não pode contar com a crise no Líbano e achar que, por conta da instabilidade socioeconômica, o grupo não responderá a possíveis ataques, segundo o jornal Haaretz.
"Não conte com o fato de que há uma crise no país. Israel não pode apostar na perda de controle ou disputa dentro do Líbano, porque apesar de todas as disputas, as forças de resistência continuarão a agir", disse o líder citado pela mídia.
"Estamos dispostos a suportar os danos agora, e não permitir espaço de manobra a Israel no Líbano. […] A mensagem de ontem [6] foi clara: apesar das dificuldades no Líbano, não hesitaremos em responder", complementou.
Ainda no mesmo discurso televisionado, Nasrallah afirmou que Tarek Bitar, o investigador da explosão do porto de Beirute, que aconteceu em agosto de 2020, era politicamente tendencioso.
Ele criticou pessoas, das quais não citou nomes, por culparem o Hezbollah pela presença do nitrato de amônio que causou a explosão.