"É um concorrente ilícito e desonesto no mercado mundial [...] Além disso, o que é mais importante, é nosso adversário número um, nossa principal ameaça para a segurança nacional", observou em uma entrevista à Fox News.
Neste sentido, o político advertiu que Pequim quer submeter Washington às regras e à ordem chinesas no mercado mundial.
"Não há país que tenha feito mais para prejudicar a economia mundial ou os cidadãos do mundo nos últimos anos do que a China [...] responsável por milhões e milhões de mortes pela COVID-19 e por ações para encobri-la", acusou Ratcliffe.
"Portanto, já é hora de termos uma discussão honesta sobre quem é a China e não permitir que estas falsas narrativas sejam perpetradas", concluiu.
Quando estava no comando da Inteligência norte-americana durante a presidência de Donald Trump, Ratcliffe afirmou que o país asiático representava "a maior ameaça para a democracia e a liberdade em todo o mundo desde a Segunda Guerra Mundial".
"Muitas das principais iniciativas públicas e de empresas de destaque da China oferecem apenas uma cobertura para as atividades do Partido Comunista Chinês", indicou, acusando o país asiático de roubo de propriedade intelectual e de espionagem econômica.
Segundo Ratcliffe, o presidente chinês Xi Jinping tem um "plano agressivo para converter a China na principal potência militar do mundo" e, para isso, o gigante asiático está roubando tecnologia militar norte-americana.
Pouco depois da publicação da declaração, Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, denunciou que os EUA estão praticando "a típica duplicidade de critérios", ressaltando que o verdadeiro propósito deste tipo de acusações é "criar desculpas para justificar o bloqueio de alta tecnologia contra a China", o que, eventualmente, "prejudicará os interesses da China, dos EUA e do mundo inteiro".