A coalizão militar referida por Wallace seria composta por Estados com "ideais semelhantes", no entanto, "quase todos" os membros da OTAN pareciam "não estar interessados" em permanecer no país, reporta o Daily Mail.
"Tentamos com várias nações com ideais semelhantes. Algumas disseram que estavam interessadas, mas seus parlamentos não. Tornou-se evidente muito rapidamente que sem os EUA como a nação-base, esse tipo de opções estava fora de questão", disse Wallace, citado pela mídia.
O acordo firmado pelo governo de Donald Trump, e continuado por Joe Biden, estipulou a retirada das tropas dos EUA e da OTAN, entre outras condições. Contudo, Wallace já acreditava que isso levaria ao retorno do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) ao poder e, no final, a outra campanha militar das forças britânicas.
"O negócio foi podre, defeituoso. Isso me entristece [o acordo EUA-Talibã] destruiu muito do que havia sido alcançado no Afeganistão em 20 anos. Provavelmente, estaremos de volta em dez ou 20 anos. Mas atuar agora não é possível. O dano foi feito com esse acordo", afirmou o ministro britânico, citado pelo tabloide.
Nos últimos meses, o Afeganistão tem sido assombrado pela escalada de violência entre as forças governamentais e os militantes do grupo insurgente, especialmente em suas mais recentes ofensivas que resultaram na captura de várias capitais provinciais.