Andrew Cuomo deixará de ser governador de Nova York, EUA, revelou ele na terça-feira (10), após investigações que o apontaram como tendo assediado sexualmente 11 mulheres.
Segundo informações fornecidas por Letitia James, procuradora-geral de Nova York, Cuomo submeteu mulheres a beijos indesejados, apalpou seus seios ou nádegas ou as tocou de outra forma inadequada, fez comentários insinuantes sobre suas aparências e vidas sexuais, e criou um ambiente de trabalho "cheio de medo e intimidação".
Os legisladores estaduais também têm promovido um processo de impeachment contra o governador, com várias figuras locais e nacionais, incluindo o presidente norte-americano Joe Biden, deixando de o apoiar tanto devido a acusações de assédio sexual como devido a revelações de contribuir para esconder mortes por COVID-19 de idosos em instituições de longa permanência.
Andrew Cuomo poderá ainda ser investigado por promotores públicos de Nova York, escreve na terça-feira (10) a agência norte-americana Associated Press (AP).
Cuomo disse na terça-feira (10) aceitar total responsabilidade por suas ações, embora tenha caracterizado as acusações contra ele como "falsas".
"Acho que, dadas as circunstâncias, a melhor maneira de ajudar agora é se eu me afastar e deixar o governo voltar a [ser] governo. Minha demissão será efetiva dentro de 14 dias", comentou ele.
O lugar do ex-governador de Nova York será tomado por Kathy Hochul, democrata de 62 anos e ex-congressista dos EUA, tornando-se a primeira mulher a liderar o estado norte-americano. Ela iniciará funções a partir de 24 de agosto de 2021.
Cuomo era governador de Nova York desde 2011, tendo sancionado vários projetos de lei democratas , incluindo a autorização do casamento gay, da maconha, apoio à legislação contra as mudanças climáticas, subsídios médicos e familiares, direitos das mulheres e controle de armas. Em 2020 ele foi acusado de levar a mortes de idosos por COVID-19 em instituições de longa permanência e de as esconder, além de assediar sexualmente mulheres.