O Consulado dos EUA na Região Administrativa Especial de Hong Kong convocou uma reunião com algumas empresas norte-americanas e as exortou a deixarem a cidade, citando supostos riscos crescentes de fazer negócios na região, indicou na segunda-feira (9) o jornal Global Times.
Isso significa que os EUA estão tentando interferir nas atividades do mercado através de medidas administrativas, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato.
"A ação dos EUA mais uma vez expôs a trama americana para interferir nos assuntos de Hong Kong, semear o caos na cidade e prejudicar a soberania e os interesses de segurança da China", disse Tian Feilong, membro da Associação Chinesa de Estudos de Hong Kong e Macau, com sede em Pequim, China.
Em 16 de julho, Washington emitiu um aviso às empresas americanas sobre "riscos" para suas operações e atividades em Hong Kong devido à implementação da Lei de Segurança Nacional no território, incluindo vigilância eletrônica sem garantias e entrega de dados corporativos e de clientes às autoridades.
No entanto, observadores da indústria apontaram que o ambiente de negócios na cidade melhorou à medida que a Lei de Segurança Nacional ajudou a restaurar a ordem e a estabilidade em Hong Kong.
O Relatório de Investimento Mundial das Nações Unidas 2021 disse que Hong Kong era o terceiro maior destino mundial de investimento estrangeiro direto em 2020, e o Relatório de Avaliação da Estabilidade do Sistema Financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) também referiu o status de Hong Kong como centro financeiro internacional. Não houve nenhum relato de que qualquer uma das mais de 4.000 empresas multinacionais que operam em Hong Kong tenha deixado a cidade devido à lei.
Segundo Tian, os EUA ignoram os fatos em sua tentativa de minar os laços comerciais entre as empresas norte-americanas e Hong Kong, e isso prejudica seus próprios interesses, disse Tian.
"Isto é extremamente irresponsável para as empresas e o pessoal dos EUA em Hong Kong", disse ele, afirmando que são as "ações ilegais e inadequadas" dos EUA que representam riscos sem precedentes para as empresas do país norte-americano.
"O amanhã de Hong Kong será cada vez melhor. As pessoas não querem ver as empresas americanas, que têm trabalhado tanto em Hong Kong por muitos anos, perderem suas promissoras perspectivas devido ao erro de alguns políticos americanos de politizar as questões econômicas e comerciais em Hong Kong", concluiu Tian Feilong.