'Mina soberania': China retira embaixador da Lituânia após país permitir que Taiwan abra escritório

Em um movimento raro, governo chinês decide tirar embaixador chinês da Lituânia e exige que enviado lituano deixe Pequim. Ação seria um aviso para países europeus que reconhecerem Taiwan como país.
Sputnik

Nesta terça-feira (10), o Ministério das Relações Exteriores da China, através de comunicado, anunciou a retirada do embaixador Shen Zhifei de Vilnius, e exigiu que o enviado da Lituânia deixasse Pequim, de acordo com a Bloomberg.

O ministério culpou a decisão lituana de permitir que Taipé abrisse um escritório de representação sob o nome de Taiwan, algo que "mina gravemente a soberania e integridade territorial da China", segundo o comunicado.

"Se a Lituânia se atrever a dar mais um passo, haverá um corte nos laços oficiais. [...] Este é também um aviso aos outros países da UE para não seguirem o exemplo da Lituânia", disse Wang Yiwei, diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da Universidade Renmin citado pela mídia.

Segundo a Bloomberg, o Ministério das Relações Exteriores da Lituânia declarou que "respeita o princípio de Uma Só China" e lamentou a decisão chinesa.

Ainda assim, o ministério disse que a Lituânia está "determinada a desenvolver relações mutuamente benéficas com Taiwan, com outros outros países da União Europeia e do resto do mundo".

Embora a China apresente protestos frequentes sobre questões diplomáticas, raramente chama de volta seus embaixadores. 

Uma das poucas vezes aconteceu em 1995, quando Pequim retirou seu enviado dos Estados Unidos depois que Washington concedeu um visto ao então presidente taiwanês Lee Teng-hui.

A China vê a ilha autogovernada de Taiwan como parte de seu território e já afirmou o direito de unificar os dois lados.

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