Similar ao ebola: vírus altamente infeccioso é detectado pela 1ª vez na África Ocidental

O vírus de Marburgo é transmitido às pessoas através dos morcegos frutívoros, e a doença começa de forma abrupta, com febre alta e dor de cabeça intensa.
Sputnik

Na segunda-feira (9), as autoridades sanitárias de Guiné confirmaram uma morte pelo vírus de Marburgo, uma febre hemorrágica altamente infecciosa, similar ao ebola.

Trata-se da primeira vez que esta doença é identificada no país e na África Ocidental, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O caso foi detectado no sul da Guiné, próximo das fronteiras com a Libéria e a Costa do Marfim.

O paciente procurou tratamento em uma clínica local antes de seu estado de saúde piorar rapidamente, falecendo pouco depois. Posteriormente, foi confirmado que o paciente tinha sido contagiado pelo vírus.

Atualmente, as autoridades estão rastreando os contatos do paciente para encontrar as pessoas que poderiam ter sido infectadas.

Similar ao ebola: vírus altamente infeccioso é detectado pela 1ª vez na África Ocidental

Além disso, uma equipe inicial de dez especialistas da OMS foi enviada à Guiné para investigar o caso e apoiar as autoridades sanitárias nacionais, a fim de acelerar a resposta de emergência.

O país também já melhorou a vigilância transfronteiriça para detectar rapidamente qualquer caso, com os países vizinhos em alerta.

"A possibilidade de que o vírus de Marburgo se propague por mais áreas significa que devemos detê-lo imediatamente [...] Estamos trabalhando com as autoridades sanitárias para implementar uma resposta rápida, baseada na experiência e nos conhecimentos do passado da Guiné em lidar com o ebola, que é transmitido de forma similar", afirmou Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS.

O vírus de Marburgo foi transmitido às pessoas através dos morcegos frutívoros e se propaga entre os humanos através do contato direto com os fluídos corporais das pessoas, superfícies e materiais infectados.

A doença começa de forma abrupta, com febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar geral. Além disso, muitos pacientes desenvolvem sinais hemorrágicos graves em sete dias.

Houve 12 casos importantes do vírus de Marburgo desde 1967, principalmente na África Meridional e Oriental. As taxas de letalidade variam de 24% a 88% nos casos conhecidos, segundo a cepa do vírus e a gestão dos casos.

Atualmente, não existem vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para tratar este vírus, porém os cuidados de saúde, como a reidratação com líquidos orais ou intravenosos, e o tratamento de sintomas específicos melhoram a sobrevivência, segundo a OMS.

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