Na terça-feira (10), foi realizada a votação da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados. A proposta que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos foi derrotada, pois teve apoio de 229 deputados quando precisava de 308 votos.
Entretanto, de acordo com o G1, vários parlamentares ouvidos pela mídia disseram que receberam ligações ameaçadoras pouco antes da votação.
Para os deputados alvos da tentativa de intimidação, as ameaças partiram supostamente de militantes bolsonaristas e foram dirigidas aos que se posicionaram contra a PEC.
Um dos ameaçados foi o deputado Danilo Forte (PSDB-CE). À mídia, ele disse que uma assessora do gabinete atendeu a telefonemas de pessoas que não se identificaram.
"Houve todo tipo de intimidação. O gabinete recebeu ligações com ameaças", disse Forte citado pela mídia.
A rejeição e arquivamento da PEC foi uma derrota para o presidente, Jair Bolsonaro, que tem declarado, sem provas, que a urna eletrônica é sujeita a fraude, e vem atacando constantemente ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
O TSE informou que nunca registrou caso de fraude nas eleições e, segundo relatório técnico do Tribunal de Contas da União (TCU), o voto eletrônico é "seguro e auditável".