Instabilidade no Afeganistão pode causar migração descontrolada para Europa, diz Macron

Presidente francês aponta problemas migratórios que podem refletir dentro da Europa a partir da questão atual no Afeganistão e incita ação da ONU depois que extremistas islâmicos chegaram a Cabul.
Sputnik

O presidente francês Emmanuel Macron demonstrou preocupação com a questão migratória na Europa após a tomada da capital afegã pelo Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), em um discurso transmitido por canais de televisão da França nesta segunda-feira (16).

"A desestabilização no Afeganistão ameaça o surgimento de fluxos migratórios descontrolados para a Europa", alertou ele.

O presidente ressaltou que o país asiático não deve voltar a ser um refúgio para terroristas como era antes. "O Afeganistão não deve se tornar o paraíso para terroristas que já foi", disse Macron e completou que "isso ameaça a paz e a estabilidade internacional".

Macron exorta ONU a agir

Segundo presidente francês, militantes islâmicos vão buscar se beneficiar da turbulência no Afeganistão. Macron afirmou que a França faria tudo o que pudesse para garantir que a Rússia, os EUA e a Europa respondessem com um propósito comum.

As cidades afegãs caíram em poucos dias após a retirada das tropas norte-americanas, e nesta segunda-feira (16) cenas impressionantes mostram civis em desespero no aeroporto internacional de Cabul depois que o presidente Ashraf Ghani fugiu do país, dizendo que queria evitar um banho de sangue, e o Talibã tomou a capital.

Instabilidade no Afeganistão pode causar migração descontrolada para Europa, diz Macron
"É um desafio para a paz e a estabilidade internacional contra um inimigo comum. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que a Rússia, os Estados Unidos e a Europa possam cooperar de forma eficaz, porque os nossos interesses são os mesmos. O conselho de segurança das Nações Unidas terá que apresentar uma resposta comum e unida", afirmou.

Ainda em seu discurso ele pontuou que a França vai continuar a "proteger os mais vulneráveis ​​e fazer sua parte em um esforço internacional organizado e justo para dividir o fardo".

França, Alemanha e alguns outros países europeus tomariam a iniciativa de construir uma "resposta robusta, unida e coordenada" com a ajuda dos países de trânsito, acrescentou Macron.

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