O ex-presidente afegão, Ashraf Ghani, que fugiu do país, roubou US$ 169 milhões do tesouro nacional, segundo declarou o embaixador do Afeganistão no Tajiquistão, Muhammad Zahir Agbar, em sua conta no Facebook.
O embaixador afegão chamou a fuga de Ghani de "traição ao Estado e à nação", e afirmou que ele "roubou US$ 169 milhões do tesouro nacional".
O diplomata disse que reconhece o vice-presidente Amrullah Saleh como líder do Afeganistão, dado que, segundo a Constituição do país, em caso de ausência, fuga ou morte do presidente, o poder é transferido para este funcionário.
Agbar afirmou que se dirigiu à Interpol solicitando a detenção de Ashraf Ghani para entregá-lo a um tribunal internacional.
Por sua vez, o chefe do Escritório Central Nacional da Interpol no Tajiquistão, Shakhrier Nazriev, informou à Sputnik que não receberam tal solicitação para detenção do ex-presidente afegão.
"Primeiro, eles [o Afeganistão] devem dirigir um pedido de busca ao secretário-geral da Interpol, depois disso vamos estudá-lo", explicou Nazriev.
Anteriormente, o vice-presidente do Afeganistão, Amrullah Saleh, declarou que, ao contrário de Ghani, ficou no país e, segundo a Constituição, ele é o líder interino do Estado afegão. As forças de Saleh tomaram o controle do distrito de Charikar, na província de Parwan, derrotando o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), conforme disse uma fonte da Sputnik.