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Ante tensões entre Executivo e Judiciário, Gilmar Mendes critica 'fabricação artificial de crises'

Magistrado acredita que os últimos acontecimentos envolvendo o presidente da República e ministros do Supremo afasta o foco da crise sanitária e econômica que o Brasil está vivendo.
Sputnik

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fez uma postagem em sua rede social hoje (22) para criticar o que chamou de "fabricação artificial de crises" no país. Para o ministro, "é hora de reordenar prioridades".

​A declaração do decano ocorre após o presidente, Jair Bolsonaro, apresentar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, colega de Gilmar no Supremo. Assim como Mendes, ontem (21), dez ex-ministros se manifestaram contra o pedido do chefe do Executivo para tirar Moraes do STF.

Os ex-ministros enviaram um manifesto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), solicitando a rejeição da requisição de Bolsonaro, conforme noticiado.

Segundo o documento, o presidente estabelece "constante confronto como força de ação política" e "elegeu como inimigo o Judiciário".

"É imperioso dar de plano fim a esta aventura jurídico-política, pois o contrário seria sujeitar o nosso Judiciário a responder a um processo preliminar no Senado Federal para atender simples capricho do presidente que vem costumeiramente afrontando as linhas demarcatórias da Constituição", escreveram os ex-ministros.

O documento ainda complementa que "o presidente da República segue, dessa maneira, o roteiro de outros líderes autocratas ao redor do mundo que, alçados ao poder pelo voto, buscam incessantemente fragilizar as instituições do Estado Democrático de Direito, entre as quais o Poder Judiciário".

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