Enviar contingente militar ao Afeganistão não é do interesse da Rússia, diz vice-chanceler

O vice-chanceler russo afirmou que a Rússia não pensa enviar seus militares ao Afeganistão e destacou que Moscou não se apressará a reconhecer o governo do movimento Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
Sputnik

A Rússia não pensa enviar um contingente militar ao Afeganistão, os talibãs não precisam de qualquer ajuda militar, disse à Sputnik o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Oleg Syromolotov.

"Essa abordagem não se coloca. Tal passo não corresponderia a nossos interesses. Além disso, as novas autoridades afegãs começaram a restaurar a ordem no país e não precisam de ajuda militar de ninguém", disse o vice-chanceler russo.

A Rússia não se apressará a excluir o Talibã de sua lista de organizações terroristas e a reconhecer o novo governo no Afeganistão, destacou Syromolotov.

"Não pretendemos nos apressar a excluir o movimento Talibã da lista russa de organizações terroristas, nem pretendemos reconhecer as novas autoridades afegãs. Avaliaremos as ações de novo governo afegão e as decisões correspondentes do Conselho de Segurança da ONU", segundo o vice-chanceler.

O diplomata russo também disse que o Talibã "declarou o fim das operações de combate, concedeu anistia aos funcionários do governo e cidadãos afegãos que colaboraram com EUA e OTAN, confirmou a vontade de respeitar os direitos das mulheres (no âmbito de sistema jurídico islamista) e começou a restaurar a ordem pública, confirmando as garantias de segurança de residentes e missões diplomáticas estrangeiras".

Anteriormente, o representante especial do presidente russo e diretor do Segundo Departamento da Ásia da chancelaria da Rússia, Zamir Kabulov, também declarou que a Rússia não se apressará a reconhecer as novas autoridades do Afeganistão, a situação depende do comportamento do Talibã.

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