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Chamado por presidente brasileiro de 'Bolsonaro da África', chefe da Guiné-Bissau chega ao Brasil

Embaló é general e desde sua posse, em 2020, é criticado pela oposição por sua gestão autoritária. Presidente africano diz que Brasil tem "tudo que Guiné-Bissau precisa nesse momento".
Sputnik

Nesta terça-feira (24), o presidente, Jair Bolsonaro, recebeu no Palácio do Planalto o presidente da Guiné-Bissau, general Umaro Sissoco Embaló, com pompa inédita em seu governo. O presidente guineense chegou ao Brasil a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

De acordo com O Globo, o encontro ganhou o status de visita de Estado, o mais alto oferecido pelo Ministério das Relações Exteriores, o que não ocorreu em visitas de outros mandatários. 

De acordo com o Itamaraty, "a visita de Estado é o evento protocolar mais solene e formal em uma relação entre dois países". 

Chamado por presidente brasileiro de 'Bolsonaro da África', chefe da Guiné-Bissau chega ao Brasil

Após uma reunião, os dois fizeram uma declaração conjunta e prometeram aprofundar a colaboração entre os dois países. Bolsonaro também disse que pretende visitar a Guiné-Bissau assim que possível.

"Temos laços muito antigos de amizade e cooperação entre nossos países. Conversamos rapidamente sobre algumas questões, como agricultura, Saúde e Defesa. E disse-lhe que estamos prontos para servi-lo", disse Bolsonaro citado pela mídia.

Embaló é chamado pelo presidente brasileiro de "Bolsonaro da África". O mandatário é general, já foi primeiro-ministro do país e desde sua posse, em 2020, é criticado pela oposição em razão de uma guinada autoritária, segundo a mídia.

"Temos passado por crises cíclicas na Guiné, e o Brasil nunca virou as costas para o povo irmão da Guiné-Bissau. […] Brasil tem tudo o que precisamos nesse momento, por exemplo, para modernizar a agricultura, área de saúde etc.", afirmou Embaló.

O presidente africano também reforçou que seu país pode ser a porta de entrada para negócios do Brasil na África.

Atualmente, a corrente de comércio (soma das exportações com as compras externas) entre os dois países é pequena: R$ 1,5 bilhão por ano, de acordo com O Globo.

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