Porta-voz do Talibã anuncia fecho de entrada do aeroporto de Cabul; só estrangeiros podem passar

Um porta-voz do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) avisou, nesta terça-feira (24), que não vai haver extensão de datas para evacuação de cidadãos afegãos, pelo que, até o final de agosto, os EUA deverão concluir a retirada de suas tropas do país.
Sputnik

Várias nações europeias confirmaram que não vão conseguir retirar de Cabul os afegãos em situação de risco até 31 de agosto. O presidente dos EUA, Joe Biden, tem recebido vários apelos para estender o período de evacuação.

Porém, em uma coletiva de imprensa na capital afegã, Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã, disse que o grupo não concordaria com nenhuma extensão, e disse para Washington parar de evacuar cidadãos afegãos qualificados.

Mujahid também disse que as funcionárias governamentais deveriam ficar em casa até que as condições de segurança melhorem no país.

"Bloqueamos a estrada que leva ao aeroporto e não permitiremos a passagem de ninguém além de estrangeiros", disse Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã, em uma coletiva de imprensa em Cabul.

Mujahid também lançou apelos para tradutores afegãos que trabalharam para as embaixadas ou forças militares estrangeiras em Cabul.

"Queremos tranquilizar os tradutores afegãos, vamos protegê-los, e pedimos que não deixem o Afeganistão [...] o que está acontecendo no aeroporto de Cabul é doloroso, os EUA não devem pedir aos afegãos que deixem o país", disse o porta-voz.

As tropas lideradas pelos EUA estão intensificando as operações para retirar milhares de afegãos do aeroporto de Cabul antes da data limite chegar, depois que o Talibã advertiu que não permitiria que os EUA prorrogassem o prazo.

Por sua vez, o grupo insurgente tenta assegurar aos milhares de afegãos que se aglomeram no aeroporto, na esperança de embarcar em voos, de que não têm nada a temer, e que devem retornar a suas casas.

"Garantimos sua segurança", afirmou o porta-voz talibã.

Segundo o porta-voz, o Talibã queria resolver a situação através do diálogo, exortando as embaixadas estrangeiras a não fechar ou parar de trabalhar.

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