EUA nunca 'enfrentaram adversários' com armas nucleares como Rússia e China, diz chefe do STRATCOM

Chefe do Comandante Estratégico dos EUA, Charles Richard, mostrou-se preocupado com a cooperação entre Pequim e Moscou, que recentemente trabalharam juntos para o aperfeiçoamento militar mútuo.
Sputnik

A estreita cooperação militar entre a Rússia e a China é motivo de grande preocupação, e as autoridades norte-americanas devem reconsiderar seriamente a estratégia atual de "contenção" em relação às duas grandes superpotências eurasianas, alertou o almirante Charles Richard, chefe do Comandante Estratégico dos EUA (STRATCOM, na sigla em inglês).

"A Rússia ainda é a ameaça do ritmo de curto prazo", afirmou Richard durante um evento on-line promovido pelo think thank Instituto Hudson, Nova York, EUA, na quinta-feira (26), sugerindo que Pequim em breve ultrapassaria Moscou como o inimigo mais capaz de Washington.

De acordo com o almirante, tanto a Rússia quanto a China podem "atingir qualquer nível de violência" em uma crise, incluindo o uso de armas nucleares com sua "capacidade destrutiva única".

EUA nunca 'enfrentaram adversários' com armas nucleares como Rússia e China, diz chefe do STRATCOM

Para o chefe do STRATCOM, os EUA nunca "enfrentaram dois adversários iguais" com armas nucleares e sistemas de alta tecnologia, observando que a rápida progressão de Pequim em tecnologias nucleares, espaciais e cibernéticas significa que Washington deve pensar cuidadosamente sobre seus próximos passos. Em particular, Richard afirmou que a China, ao contrário dos EUA e da Rússia, não é restringida por tratados relativos às suas forças nucleares.

Cooperação Rússia-China

Charles Richard também se mostrou preocupado com a cooperação entre Pequim e Moscou, que recentemente trabalharam juntos para o aperfeiçoamento militar mútuo.

No início deste mês, militares russos viajaram para treinar com seus colegas da China e conduziram exercício militar conjunto no campo de treinamento Qingtongxia, que envolveu mais de 10.000 soldados. De acordo com o ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe, os treinamentos foram um "sucesso total" e demonstraram um "alto nível" de cooperação.

"Esses exercícios têm grande significado [...]. Estes são os primeiros exercícios conjuntos organizados na China desde o início da pandemia [do novo coronavírus]. E são as primeiras manobras operacionais e estratégicas chinesas com a participação de tropas russas", comemorou Wei.

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