Joe Biden, presidente dos EUA, prometeu no sábado (28) realizar ataques adicionais contra combatentes do Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), um ramo do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) no Afeganistão, e disse que os EUA consideram a ameaça de um novo ataque ao aeroporto de Cabul "altamente provável" durante as próximas 24-36 horas.
"O ataque [do dia 27] não foi o último. Continuaremos caçando qualquer pessoa envolvida nesse hediondo ataque, e a fazê-los pagar. Sempre que alguém tentar prejudicar os Estados Unidos ou atacar nossas tropas, nós responderemos. Isso nunca estará em dúvida", afirma uma declaração da Casa Branca citando as palavras do alto responsável norte-americano.
"A situação no terreno continua sendo extremamente perigosa, e a ameaça de ataques terroristas no aeroporto segue elevada. Os nossos comandantes me informaram que é altamente provável que ocorra um ataque nas próximas 24-36 horas. Orientei-os a tomar todas as medidas possíveis para priorizar a proteção da força, e assegurei que eles terão todas as autoridades, recursos e planos para proteger nossos homens e mulheres em terra", continuou Biden.
O presidente dos EUA também confirmou que "apesar da situação traiçoeira" na capital afegã, as forças norte-americanas continuavam a evacuação de civis, com 6.800 pessoas, incluindo "centenas de americanos", retiradas do país a bordo de jatos militares na sexta-feira (27). Biden disse que mais de 117.000 pessoas foram evacuadas no último mês.
13 militares dos EUA estavam entre as mais de 180 pessoas mortas durante o ataque terrorista de quinta-feira (26) no aeroporto de Cabul, Afeganistão. EI-K assumiu a responsabilidade pelo ataque, dizendo que tinha como alvo "os cruzados e apóstatas em torno do aeroporto de Cabul".
Um ataque com drones dos EUA no leste do Afeganistão na sexta-feira (27) matou dois líderes do EI-K e feriu um terceiro.