Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores de Cuba, acusou no sábado (28) o governo dos EUA de manipular politicamente as investigações sobre a origem do novo coronavírus SARS-CoV-2, culpando a China.
A manipulação política do governo dos EUA ao pretender culpar a República Popular da China pela origem do SARS-CoV-2 é irresponsável e inaceitável.
Como de costume, os EUA estão mentindo para tentar alcançar seus objetivos políticos.
Na sexta-feira (27), a comunidade de inteligência dos EUA divulgou um relatório apresentando uma avaliação inconclusiva das origens da COVID-19, depois que Joe Biden, presidente dos EUA, ordenou uma investigação sobre o assunto.
Segundo o relatório, as duas teorias predominantes são se o vírus surgiu como resultado de um vazamento de laboratório ou se foi transmitido naturalmente de animais para os humanos, com a última tese tendo consenso entre os pesquisadores.
Ao mesmo tempo, os especialistas acreditam que as autoridades chinesas não tinham conhecimento antes do surto do vírus.
O presidente Biden acrescentou combustível ao fogo, acusando Pequim de interferir nas investigações sobre a origem do vírus.
"Existem informações cruciais sobre as origens desta pandemia na República Popular da China, mas desde o início, funcionários do governo na China têm trabalhado para impedir que investigadores internacionais e membros da comunidade global de saúde pública tenham acesso a ela", disse ele em uma declaração de sexta-feira (27) emitida em conjunto com o relatório da inteligência norte-americana.
A China nega não ter sido transparente perante as investigações da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontando um relatório de março, feito em conjunto com o órgão de saúde internacional, que não descobriu evidências de um vírus vazado do Instituto de Virologia de Wuhan.
Ao mesmo tempo, Wang Wenbin, porta-voz da chancelaria chinesa, disse na quinta-feira (26) que uma petição à OMS instando a investigar Fort Detrick em Maryland, EUA, por incidentes de surtos patogênicos em 2019, foi assinada por 25 milhões de pessoas na China e não recebeu resposta.