"Quando os estrangeiros e as pessoas do mundo inteiro deixarem o Afeganistão, podemos recomeçar nossas operações", afirmou um comandante anônimo do EI-K, um ramo do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) que atua no Afeganistão e Paquistão, dizendo à jornalista que o grupo terrorista estava recrutando membros e esperando que os estrangeiros saíssem do país.
Em breve no talk-show AC360, nós entrevistamos um comandante sênior do EI-K dois dias antes de Cabul ter sido ocupada pelo Talibã. Ele disse que o grupo estava se escondendo, mas que vai "recomeçar operações quando os estrangeiros saírem do Afeganistão". A inteligência dos EUA já estava rastreando a ameaça.
O comandante anônimo revelou a Ward que ele tem liderado grupos de até 600 pessoas, incluindo indianos e paquistaneses, alegando também que costumava trabalhar com o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), mas começou a criticar o movimento porque eles tinham moderado sua postura por influência ocidental.
"Estávamos operando nas fileiras do Talibã. No entanto, essas pessoas não estavam alinhadas conosco em termos de crença, então fomos para o EI", disse. "Se alguém alinhar com a gente nisso, ele é nosso irmão. Caso contrário, declaramos guerra a ele, quer seja talibã ou qualquer outro", afirmou.
Ontem (28), o presidente dos EUA, Joe Biden, não excluiu a possibilidade de mais ataques no aeroporto de Cabul nas próximas 24-36 horas, prometendo realizar ataques adicionais contra combatentes do (EI-K).
Vale ressaltar que 13 militares dos EUA estão entre as mais de 180 pessoas mortas durante o ataque terrorista de quinta-feira (26) no aeroporto de Cabul, Afeganistão.