Irã adverte EUA a não interferirem no 'comércio legítimo' de combustível com o Líbano

Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores assinalou que o Irã está preparado para fornecer combustível adicional ao Líbano, de modo a aliviar "o sofrimento do povo libanês", que tem sido afetado pelas consequências de uma economia em colapso.
Sputnik

O porta-voz do ministério, Saeed Khatibzadeh, avisou Washington para não interferir no comércio de Teerã com outros países, aparentemente se referindo aos carregamentos de combustível da nação persa para o Líbano.

"Os EUA não estão em posição para bloquear o comércio legítimo. Somos muito sérios no exercício de nossa soberania, e todos devem saber que o comércio legítimo nesse campo é um dos princípios básicos do direito internacional", disse Khatibzadeh nesta segunda-feira (30).

Tamanhas observações chegam uma semana depois de a República Islâmica anunciar estar "pronta para enviar combustível novamente ao Líbano se necessário", e que "certamente não consegue ver o sofrimento do povo libanês".

Irã adverte EUA a não interferirem no 'comércio legítimo' de combustível com o Líbano

A situação atual se seguiu a relatos de que Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah - classificado em vários países ocidentais como movimento terrorista - se tinha voluntariado para resolver a escassez de combustível no Líbano através de um acordo com o Irã para iniciar o seu transporte para o país árabe. 

Em 22 de agosto, Nasrallah disse que o primeiro navio carregado de combustível iraniano já tinha atracado, e que mais navios como esse já estavam a caminho do Líbano.

"Continuaremos com este processo enquanto o Líbano precisar dele [...] O objetivo é ajudar todos os libaneses, [não apenas] apoiadores do Hezbollah ou xiitas", declarou o líder do movimento, alertando que o navio e os petroleiros que transportem combustível iraniano serão considerados "território libanês".

Esta declaração desperta preocupações em como o transporte marítimo de combustível do Irã pode levar Washington a impôr mais sanções à economia libanesa que, por sua vez, já se encontra bastante frágil.

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