UE prepara resposta para 'impedir migração descontrolada do Afeganistão', diz mídia

Após agência da ONU anunciar que até meio milhão de afegãos poderiam fugir de sua terra natal até o final do ano, bloco europeu visa medidas mais duras para não repetir fluxo caótico migratório como o de 2015.
Sputnik

Os países da União Europeia (UE) estão determinados a impedir a migração descontrolada do Afeganistão após a tomada do país pelo Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países), afirma um esboço de declaração preparado para uma reunião na terça-feira (31), segundo a Reuters.

"Com base nas lições aprendidas, a UE e seus Estados-membros estão determinados a agir em conjunto para evitar a recorrência de movimentos migratórios ilegais em grande escala e não controlados enfrentados no passado, preparando uma resposta coordenada e ordeira", dirão os ministros do Interior na reunião, de acordo com o esboço do comunicado visto pela mídia.

A intenção do bloco europeu é evitar uma repetição do fluxo caótico de refugiados e migrantes em 2015, que pegou a UE despreparada e semeou divisões entre seus países-membros.

Segundo a mídia, a preocupação do bloco aumentou quando a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR, na sigla em inglês), alertou que até meio milhão de afegãos poderiam fugir de sua terra natal até o final do ano.

UE prepara resposta para 'impedir migração descontrolada do Afeganistão', diz mídia

Na reunião de emergência de terça-feira (31) em Bruxelas, os ministros da UE também vão reiterar a promessa do bloco de dar mais dinheiro para o Afeganistão, bem como para os países vizinhos.

"A UE também deve reforçar o apoio aos países vizinhos imediatos do Afeganistão para garantir que os necessitados recebam proteção adequada, principalmente na região", dirão os ministros de acordo com a declaração.

Separadamente, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, disse que queria ver o bloco criar uma força militar de resposta rápida para intervir em crises futuras e ajudar a estabilizar democracias frágeis no exterior, segundo a mídia.

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