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CPI da Covid: motoboy diz que frequentava Ministério da Saúde e sacava até R$ 430 mil em espécie

No início da sessão, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou a inclusão de nove nomes na lista de investigados. Calheiros disse que pretende entregar o relatório final da CPI ainda em setembro.
Sputnik
O motoboy Ivanildo Gonçalves confirmou, em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (1º), que realizava saques e pagamentos em dinheiro para a VTCLog, empresa suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção no Ministério da Saúde. Ivanildo disse ainda que esteve nas dependências do Ministério da Saúde, mas afirmou que se tratava da sua atividade de entregar boletos de pagamentos.
"Quando eu realizava o serviço de entregar faturas, eu andava constantemente no Ministério da Saúde. Eu não conhecia ninguém. Eu ia em salas entregar faturas, de setores em setores […]. Não cheguei a entregar dinheiro nas mãos para ninguém. Eu pagava os boletos, às vezes fazia depósitos", afirmou o motoboy, citado pelo jornal Folha de S. Paulo.
O maior valor retirado de uma vez só, conforme o depoimento de Ivanildo Gonçalves, foi de R$ 430 mil na agência da Caixa, no aeroporto de Brasília.
O nome do motoboy apareceu em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que identificou R$ 4 milhões em saques em espécie para a VTCLog. A empresa, que pertence ao grupo Voetur, é investigada pela CPI por supostas irregularidades em contratos com o Ministério da Saúde.
À mesa, na CPI da Covid, relator senador Renan Calheiros (MDB-AL), Brasília, 1º de julho de 2021

Nove novos investigados

No início da sessão da comissão, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou a inclusão de nove nomes na lista de investigados.
Onyx Lorenzoni (DEM-RS), ministro da Previdência e Trabalho, o deputado Osmar Terra (MDB-RS) e Luciano Hang, dono da Havan, estão na lista. O relator afirmou que pretende entregar o relatório final da CPI ainda em setembro.
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