O general, que até o ano passado era comandante do Comando de Combate Aéreo responsável pela rápida implantação das forças aéreas, espaciais, cibernéticas e de inteligência, afirmou que o poder e as motivações da China eram uma ameaça maior que nunca.
"11 de setembro não foi um evento existencial para os EUA, foi uma tragédia terrível, mas como povo continuámos nosso caminho", disse.
"A ameaça colocada pela República Popular da China é uma ameaça muito maior do que aquela e representa, literalmente, uma ameaça existencial para os EUA", comentou Holmes ao jornal The Australian Financial Review.
Ele destacou que Pequim tem um arsenal nuclear suficiente para destruir os EUA e, além disso, seu poder econômico está a par com o de Washington e com projeções para o superar.
Veículos militares chineses transportando o míssil balístico DF-17 durante o desfile militar em homenagem aos 70 anos da criação da República Popular da China
© AP Photo / Mark Schiefelbein
Em meados de agosto, o almirante norte-americano Charles A. Richard, chefe do Comando Estratégico (STRATCOM, na sigla em inglês) dos EUA, destacou a modernização nuclear chinesa.
Para o almirante, a modernização das forças convencionais e nucleares da China é impressionante", alertando que Pequim vai se tornar, em breve, uma nação "capaz de coerção".
"Só posso descrever o crescimento explosivo da China e a modernização de suas forças convencionais e nucleares como impressionante", disse Richard durante o 24º Simpósio Anual de Defesa Espacial e de Mísseis.
Em maio, o comandante do STRATCOM apelou ao estabelecimento de um diálogo com a Rússia e a China sobre a questão das armas nucleares, bem como para maior transparência e confiança mútua a fim de mitigar os riscos que estão crescendo rapidamente.