Um grupo de arqueólogos encontrou uma jazida de potes para bebidas alcoólicas na área de Qiaotou, China. Lá eles também encontraram uma grande quantidade de jarros e vasos cerâmicos, que são as peças pintadas mais antigas conhecidas.
Primeiro, os arqueólogos recolheram amostras das peças cerâmicas, que continham 170 grânulos de amido. Depois eles retiraram microfósseis (amido, fitólitos, fungos) de dentro das peças e a análise comprovou a presença de um bolor que induz sacarificação e fermentação dos elementos nas paredes dos potes. Sendo assim, alguns dos jarros eram usados para produção e armazenamento de cerveja.
A cerveja chinesa não se parecia com aquela que temos hoje, sendo extremamente doce, ligeiramente fermentada e bem escura, diz Jiajing Wang, arqueóloga e antropóloga. Supostamente, a cerveja era usada para rituais de sepultamento e para celebrar a morte de uma pessoa reforçando os laços sociais entre os presentes nos funerais. A bebida da China precedeu as dos registros escritos em mais de 8.000 anos.
De acordo com registros, as bebidas alcoólicas pré-históricas incluem cerveja, vinho e hidromel. A cerveja era produzida de grãos de cereais ou substâncias do tipo amido. A análise do estudo publicado na revista Plos One mostrou que bebidas de Qiaotou se pareciam mais com cerveja de arroz.
Além do mais, os arqueólogos encontraram enterramentos humanos cobertos com um montículo e rodeados por uma trincheira artificial. Acredita-se que o lugar serviu de túmulo. Primeiro, a pessoa era sepultada e, depois, os outros membros da comunidade honravam a memória do falecido bebendo cerveja.