Nesta sexta-feira (3), em discurso para apoiadores em cerimônia em Tanhaçu (BA) para assinatura de contrato de concessão da Ferrovia Integração Oeste Leste (Fiol), o presidente, Jair Bolsonaro, voltou a fazer declarações sobre a manifestação do dia 7 de setembro.
Bolsonaro disse que dia 7 será um "ultimato" para dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e deu a entender que, se alguém jogar fora do que considera as quatro linhas da Constituição (fazendo menção ao Supremo), poderá fazer o mesmo, segundo a Folha de São Paulo.
"Não podemos admitir que uma ou duas pessoas, usando da força do poder, queiram dar outro rumo ao nosso país. Essas uma ou duas pessoas precisam entender o seu lugar. O recado de vocês nas ruas, na próxima terça-feira, será um ultimato para essas duas pessoas. Curvem-se à Constituição, respeitem a nossa a liberdade e entendam que vocês dois estão no caminho errado, porque sempre há tempo de se redimir", disse o presidente.
Segundo a mídia, Bolsonaro disse a frase após falar em "renovação no Supremo" e que não criticava instituições e Poderes. "Somos pontuais", declarou.
O mandatário não citou a quem se referia especificamente ao falar em ultimato, mas recentemente tem concentrado críticas aos ministros Alexandre de Moraes, do STF, e Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Presidente Jair Bolsonaro assinou o contrato de concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, no interior da Bahia, em Tanhaçu, hoje, 3 de agosto de 2021
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O chefe do Executivo tem incentivado o ato para o dia 7 de setembro com discursos muitas vezes considerados golpistas. Nesta semana, o presidente disse que "nunca uma outra oportunidade para o povo brasileiro será tão importante" ao se referir à data, conforme noticiado.